segunda-feira, 23 de junho de 2008

Reunião da Coordenação Ampliada da Esquerda Socialista

21 de junho de 2007

Pauta:
Conjuntura;
Eleições 2008;
Organicidade;

Na conjuntura internacional foi destacado que continua necessária a disputa ideológica, para se contrapor ao discurso hegemônico de globalização, contra resistências locais. Um exemplo desta necessidade foi à decisão da União Européia contra a migração, que demonstra que a globalização serve para o mercado, mas não para as pessoas. Essa decisão pode ser considerada ainda um descumprimento à Declaração dos Direitos Humanos.
Portanto, não bastam projetos locais de resistência, para manter a diversidade cultural, é preciso disputar globalmente também e manter viva a frase de Marx: “operários do mundo inteiro uni-vos”.
Na conjuntura nacional, três temas se destacam: biocombustíveis, alimentos e inflação. Os países hegemônicos globalmente colocam entrave para o crescimento de outros países, assim o fazem contra a China, por questões ambientais e trabalhistas e com o Brasil, afirmando que a produção de biocombustíveis provoca a falta de alimento, consequentemente aumenta inflação e também é responsável pelo desmatamento da Amazônia.
Na conferência da FAO, no último mês, o Presidente Lula rebateu essa análise afirmando que a falta de alimento ocorre mais pelo biodiesel de milho nos Estados Unidos, uma vez que o Brasil continua batendo recordes na produção de alimentos. O problema da Amazônia é mais complexo e histórico, não tem relação com biocombustíveis e a falta de alimentos e inflação também se dá pelas catástrofes naturais que têm ocorrido, mas principalmente pelos subsídios dos países centrais.
Por outro lado a Petrobras, tem segurado o preço do petróleo abaixo do preço do mercado e ajudado a segurar a inflação no Brasil. A perspectiva futura, no entanto é de que mesmo com o “subsídio” de combustível e pequeno aumento da taxa de juros deve haver algum descontrole inflacionário pelo aumento de consumo interno.
Sobre Santa Catarina, os últimos acontecimentos como o caso do IPREV, denunciam a principal marca desse governo, “uma máquina pública para benefício eleitoral”. Simultaneamente está em discussão a CPI da descentralização, com as denúncias e o livro de um dos aliados do governo que foi traído. Falta apenas a assinatura da deputada Odete de Jesus para viabilizar a CPI.

Eleições 2008:
Sobre as eleições desse ano, o conjunto das intervenções do plenário, caracteriza o bom desempenho do governo federal e a facilidade de discurso positivo para os candidatos, por outro lado é possível observar a despolitização na disputa de projetos alternativos para as cidades, junto a falta da inserção do socialismo como bandeira para tais projetos, as alianças com partidos que outrora era inconcebível no partido dos trabalhadores esta se naturalizando em boa parte dos municípios, os discursos recorrentes para a defesa dessas alianças, que vem dos municípios, na maioria das vezes está acompanhado de um pragmatismo eleitoral que distancia a possibilidade de uma real disputa de projetos, onde o resultado seria mais político do que numérico. Um dos grandes motivos da abertura para tais alianças foi a aproximação do PT via lideranças, que em 2006 optaram pelo pragmatismo em vez de uma postura ética e de construção ideológica, ao abrirem voto para o PP do Amim, dando margem para que nos municípios, tais praticas se naturalizassem, para alem dos partidos que fazem parte da base de apoio do governo Lula. O outro motivo foi o descompromisso da executiva estadual em relação a resolução de sua instancia superior, o diretório, em que proibia qualquer hipótese alianças com o DEM e PSDB, ao descumprir tal resolução, a executiva do partido coloca em risco a estratégia eleitoral e ideológica para o futuro do PT em Santa Catarina.
Foi colocado também a dificuldade operacional do GTE estadual em encaminhar a política eleitoral no estado, tendo em vista que a maioria das lideranças publicas estão fazendo a política conforme suas demandas aparecem.
Os municípios que estavam na plenária expuseram suas realidades e apontaram os cenários e prioridades da ES para esse ano. A coordenação da corrente também levantou as prioridades e encaminhou para votação no plenário.

Organicidade da ES:
Foi apontado, pela coordenação da corrente, dificuldades em construir politicamente suas ações, pela falta de estrutura e quadros, nesse sentido foram tirados encaminhamentos no sentido de diminuir suas fragilidades.
A corrente referendou em plenário o nome do companheiro Aldo Pedro Ferrari como novo coordenador da bancada;
Também referendou-se o nome do companheiro Pedro Nogueira como membro efetivo do GTE.
Junto a política eleitoral aprovou o plano de ação da ES e suas prioridades, o plenário também aprovou a estratégia eleitoral de 2008 com vistas as eleições de 2010.
Na comunicação transformou o blog em principal instrumento de divulgação da nossa política.
Em detrimento das demandas e a incapacidade de reunir com mais freqüência por falta de infra-estrutura o Plenário aprovou uma coordenação provisória da corrente com o critério da disponibilidade, até o próximo congresso da corrente no decorrente ano no mês de novembro.
Sobre finanças autorizou a política apresentada pela coordenação, a ser encaminhada pela companheira Regina.
Sobre a política nacional da corrente autorizou as possíveis alterações apresentadas pela mesa.
O plenário tirou como prioridade a mobilização da ES em relação ao curso de candidatos a prefeito que se realizara em 14 de julho em Florianópolis, o curso será promovido pela escola de formação, secretaria institucional e de formação junto ao GTE.

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