quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ATO PELA DEMOCRACIA E POR JUSTIÇA

“Mais um Guerreiro tombou na Luta por Justiça!”

Não podemos nos omitir diante da morte de nenhum ser humano, especialmente nesse caso, como se deu o assassinato do companheiro MARCELINO, de forma cruel. Diante disso, muitas foram as manifestações das pessoas de bem da sociedade chapecoense e que estão indignadas com o fato.

Vista sua camisa preta e venha participar do ato por justiça!

Local: Em frente a Catedral Santo Antonio – Praça;
Dia: 05/12/2011 – segunda - feira
Horário: 17:00

Nota pela Morte do Companheiro Marcelino

Marcelino Chiarello é natural de Caxambú do Sul, nasceu em 12 de setembro de 1969. Estudou no Seminário Diocesano de Chapecó onde foi mais um de tantos líderes que entendeu a mensagem do grande Mestre Dom José Gomes “não desistam nunca, toque em frente”. Além de professor de Filosofia e História da rede pública estadual, Marcelino sempre foi filiado ao PT e militante do sindicato dos professores e líder comunitário. Assumiu o cargo de diretor de serviços urbanos no governo municipal de Chapecó durante os mandatos petistas de José Fritsch e Pedro Uczai (1996/2004).
Foi candidato a vereador pela primeira vez em 2004, quando se elegeu como representante da base eleitoral de Claudio Vignatti, que havia sido eleito Deputado Federal e fora candidato a Prefeito naquele pleito.
O PT que governava o município por oito anos perdeu as eleições em 2004. O outro vereador eleito juntamente com Chiarello deixou o PT e ele manteve-se o único vereador do PT na cidade, entre 2004 e 2008, formando o bloco de oposição na companhia de dois vereadores do PC do B (Paulinho da Silva e Valduga).
Nas eleições de 2008, Marcelino Chiarello se reelegeu, juntamente com Luciane Carminatti. Esta concorreu para Deputada Estadual em 2010, se elegeu e foi substituída pela vereadora Dra. Angela Vitória, que junto com Marcelino formava a dupla de oposição ao governo municipal de Chapecó.
Nesses sete anos de mandato, como vereador de oposição, Marcelino Chiarello é reconhecidamente o líder político de oposição que mais fez enfrentamentos políticos e denúncias de corrupção e desvios de finalidades das ações públicas do governo municipal de Chapecó, primeiramente contra o Prefeito João Rodrigues (PFL-DEM), depois seu vice e atual Prefeito José Claudio Caramori (PSD).
Recentemente, com base nas denúncias de Chiarello, o Ministério Público afastou, pela segunda vez, do cargo de secretário regional da Prefeitura de Chapecó, o vereador do PSD Dalmir Pelicioli, comprovando desvio de recursos de subvenções sociais às entidades comunitárias do município.
Neste dia 28 de novembro, por volta de meio dia, sua esposa, ao chegar do trabalho encontrou-o enforcado na sua própria casa. Acionou a polícia e, duas horas depois, o Delegado Regional Alex Passos declarou que tratou-se de assassinato. A colega vereador Angela declarou que o companheiro havia comentado à alguns dias que precisa de proteção  policial, mas ao ser solicitado o encaminhamento do pedido o mesmo não levou adiante a idéia.
Marcelino Chiarello não tinha nenhum outro envolvimento com qualquer assunto diferente que não fosse a política. Marcelino se dedicava integralmente à política, acima de tudo, portanto, Marcelino deu sua vida pela defesa da ética na política, combatendo a corrupção, denunciando falcatruas e desvios de conduta pública. Marcelino foi um exemplo de ética e coragem.
O PT se sente chocado com mais essa afronta a vida humana. Nunca foi possível admitir esses métodos, mas cuidado, os monstros estão vivo, continuam cometendo barbaridades e podem estar ao seu lado, quando menos se espera poderão atacar de surpresa.
Com certeza, essa gente honesta e lutadora que é o povo de Chapecó e da região oeste, somados a todos e todas indignados desse Brasil, não irão se calar. Exigiremos justiça, rápida e exemplar, porque a vida de Marcelino Chiarello não será em vão, sua voz não será calada, mas multiplicada em milhões de outras vozes e gritos por justiça, pela ética na política, pela honestidade e em defesa da vida.

Texto de José Roberto Paludo