sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

MS convoca militância a se engajar nas lutas de março

Este ano será importante para o campo de esquerda e as lutas futuras no Brasil. O PT liderou uma trajetória de grandes enfrentamentos sociais e políticos da esquerda brasileira nas décadas de 1980 e 1990 até chegar à frente do governo federal em 2002. A partir daí viveu-se um novo ciclo histórico marcados pelas contradições DE GANHARMOS O GOVERNO EM ALIANÇA COM SETORES CONSERVADORES NUM MOMENTO DE DESCENSO DO MOVIMENTO DE MASSAS QUE FORTALECEU o viés institucional. De um lado esta composição permitiu que governo do PT produzisse avanços democráticos e defesa dos direitos humanos, conquistas sociais e distribuição de renda, articulados com um projeto desenvolvimentista e de soberania nacional num mundo multipolarizado, mas por outro lado, AO NÃO REALIZARMOS OS AVANÇOS COM AMPLA PARTICIPAÇÃO SOCIAL QUE PERMITISSE AVANÇO SIGNIFICATIVO DA CONSCIÊNCIA DO POVO e LEVOU AO adiamento de reformas estruturais, a  perda de vitalidade política, diminuição da intensidade da militância a recuos ideológicos E A PERDA DE ESPAÇO PARA CONSERVADORES E CORRUPTOS QUE AMPLIARAM SEU ESPAÇO NO GOVERNO.

O desfecho desse processo foi traumático, com a perda do mandato da Presidenta Dilma através de um impeachment sem crime político, com a criminalização do PT e do ex-Presidente Lula sem provas ou apenas baseado em “convicções” e perseguição por parte importante do poder judiciário e da mídia, que mobilizou segmentos sociais contra o PT como nunca antes vistos na história. O partido ficou atônito e sem reação diante da ofensiva de direita, do golpe civil de Estado e do ressurgimento de valores nazi-fascista na sociedade, o que PERMITIU uma ofensiva neoliberal sem precedentes iniciada pelo governo golpista com apoio das forças conservadoras, retirando direitos sociais e dos trabalhadores, implantando reformas culturais através das mudanças na educação (especialmente no ensino médio), no aprofundamento da crise econômica, no retorno da repressão de Estado contra as liberdades democráticas e no encobrimento da corrupção para manter as mesmas elites políticas no poder.

Muitas pessoas que se mobilizaram contra o PT estão se sentindo traídas pelo governo golpista, o que não os faz defensores do nosso partido. A militância de esquerda assumiu o discurso de vítima e se restringe em apontar as contradições dos golpistas nas redes sociais falando quase que exclusivamente para si mesmo, com receio e sem o ímpeto da disputa política que encantou os militantes nas épocas anteriores. Em meio a isso tudo voltou-se também com o debate da unidade política de esquerda através dos fóruns e das frentes de luta, organizando mobilizações e pautas reivindicatórias e ocupando o espaço democráticos das ruas, que havia recuado no período anterior.

É nesse sentido que 2017 é um ano chave para os desdobramentos futuros, porque não tem eleições e o desafio é se a esquerda vai se mobilizar pensando apenas no processo eleitoral do ano seguinte (2018) ou terá uma visão mais estratégica de reposicionamento dos movimentos sociais e políticos para um novo período de luta de classes.

A PAUTA RADICAL NEOLIBERAL RETIRANDO DIREITOS DOS TRABALHADORES, PREVIDENCIÁRIOS E AFETANDO A JORNADA DE TRABALHO; A RETIRADA DE DIREITOS SOCIAIS COM AS POLÍTICAS DE ENFRAQUECIMENTO E PRIVATIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO, SAÚDE, SEGURANÇA PÚBLICA, ETC; A POLÍTICA DE DESNACIONALIZAÇÃO E PRIVATIZAÇÃO DE NOSSO PARQUE PRODUTIVO LEVARÃO AO AGRAVAMENTO DAS CONDIÇÕES DE VIDA DO NOSSO POVO. MAS POR SI SÓ NÃO PROMOVERÁ O AVANÇO DA CONSCIÊNCIA POLÍTICA

Apesar de haver eleições internas no PT em 2017, na qual espera-se a vitória das forças de esquerda que compõe o campo Muda PT em nível nacional, a Militância Socialista quer se somar as forças e movimentos que estão se organizando para ocupar às ruas principalmente a partir de março deste ano, começando pelo dia 08 de março, dia internacional de luta pela liberdade e pela emancipação das mulheres, contra os valores machistas, contra o feminicídio e contra a perda dos direitos sociais e trabalhistas que afetam todos os trabalhadores e trabalhadoras. Depois haverá a chamada POR uma greve geral a partir da educação, no dia 15 de março, “greve geral da educação” e que precisa ser reforçada por todas as categorias.
Precisamos Do engajamento de todos e todas para transformar essas mobilizações num março vermelho e seguir mobilizando, dialogando, conciliando as pautas específicas e as divergências internas legítimas pela ocupação de espaço, sem perder o foco estratégico.

Por isso, vamos nos engajar na organização dessas lutas, no seu local de trabalho, no seu sindicato, no movimento social que você participa, nos núcleos da Frente Brasil Popular e outros fóruns de luta da sua cidade e do seu estado, ajudando na organização, na mobilização e no processo de reposicionamento e unificação das lutas de esquerda no Brasil.

DIRETAS JÁ - FORA TEMER
CONTRA OS PRIVILÉGIOS DAS ELITES BURGUESAS
NENHUM DIREITO A MENOS
    DIREITO DOS APOSENTADOS E TRABALHADORES
    DIREITOS DAS MULHERES
BRASIL PARA OS BRASILEIROS.

Coordenação estadual da Militância Socialista de Santa Catarina