terça-feira, 17 de outubro de 2017

Resolução da Militância Socialista SC sobre eleições 2018

Nós da Militância Socialista, temos consciência que estamos inseridos num processo desafiador sobre a perspectiva do PT e da esquerda no Brasil. Mais do que nunca, pensar e agir sobre o conjunto das lutas sociais e políticas é uma necessidade e não simplesmente uma retórica.
Contudo, não podemos ser ingênuos a ponto de nos isentarmos de debater os processos eleitorais, mas cada vez mais sob a responsabilidade de contextualizá-los nesta visão ampla do conjunto das lutas políticas e combinados com as pautas de resistência e uma agenda futura de construção de uma nova utopia para a classe trabalhadora e para os excluídos social e politicamente.
Diante disso, entendemos que as eleições 2018 são fundamentais, mas, não irão simplesmente resolver a grave crise política que se aprofundou desde 2015, pois não temos como mensurar os efeitos do estrago das reformas do governo golpista combinados com a onda ultraconservadora da classe média em relação aos processos eleitorais e o comportamento das instituições de Estado diante do processo democrático brasileiro. Sobre essa situação complexa, temos mais dúvidas do que afirmações.
Por outro lado, ainda é muito forte no PT o impacto do golpe e a paralisia diante da necessidade de articular um novo programa político para o país, sem o qual dificilmente teremos avanços qualitativos. Ainda que este debate esteja pautado, percebe-se a dificuldade de análise e de construção de consensos que nos façam dar um passo adiante.
Analisando o cenário eleitoral de 2018, no Brasil e em SC, podemos afirmar que ainda há grandes indefinições, porém, precisamos afirmar nossas posições:
1) Fizemos parte do consenso que defende Lula candidato a Presidente da República, mas somos insistentes na necessidade de um programa que resgata o nosso legado mas também projeta uma utopia política da classe trabalhadora e dos excluídos. Ao mesmo tempo, vamos lutar para evitar que Lula seja impedido de disputar essas eleições “Eleições 2018 sem Lula é ilegítima”;
2) Precisamos fazer essa mesma disputa no estado de Santa Catarina, primeiramente para fortalecer o embate nacional, mas também apostamos num projeto político alternativo para nosso estado e num programa de classe, resgatando o debate acumulado, especialmente nas últimas quatro eleições, capaz de dialogar e construir aliança com os partidos de esquerda e com os segmentos sociais progressistas;
3) A MS está empenhada em contribuir para a consolidação do nome do companheiro Décio Lima como candidato a Governador, colocando-se a disposição para contribuir na composição da chapa majoritária em consonância com a tática que o PT deve decidir, ou seja, temos nomes históricos ou novos nomes para compor uma chapa majoritária do PT em SC;
4) Por fim, a MS contribuirá com a construção das chapas proporcionais, com protagonismo e responsabilidade, consciência dos espaços que ocupamos e buscando a projeção de novos quadros políticos, especialmente mulheres e juventude.